"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."
(Lewis Carroll)
Cada um tem dentro de si labirintos... e neles muitas vezes nos perdemos sem mesmo saber que estamos perdidos, às vezes o caminho parece limpo, seguro e iluminado, indicando que estamos perto da saída, qual nada, de repente nos deparamos com uma parede imensa, que nos sufoca e aprisiona - fugir se torna imperativo. Às vezes o caminhar lento por entre as veredas é tão sereno e calmo que tudo o que desejamos é simplesmente continuar caminhando. Mas novamente não há mais caminho, outro muro se impõe, e não há nada que possamos fazer senão recuar, silenciosamente, e recomeçar a busca insistente pela saída. Mas o que na verdade acabei de descobrir, é que não existem saídas, o nosso destino é esse mesmo, perambular entre os nossos próprios labirintos, apenas vivendo, sentindo, crescendo e morrendo a cada muro com o qual nos deparamos. Essa é a beleza de estarmos vivos: morrer um pouco todos os dias, para renascer na plenitude do dia seguinte.