sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Do que tento me convencer...


"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida. 
- ninguém, exceto tu, só tu. 
Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. 
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. 
Onde leva? 
Não perguntes, segue-o!"

Nietzsche

domingo, 30 de setembro de 2012

Da minha janela

Da janela do meu quarto me embriago de verde.
Enquanto o vento acaricia meu rosto:
ora rude ora suavemente.
O sol pulsa sobre as folhas trêmulas
do gigante jambeiro e do decadente cajueiro
No céu, ao longe, nuvens cinzentas assombram...
Ameaça de chuva...
Mas é primavera e o sol...
Ah o sol brilha novamente!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Esquecendo o tempo


Nada aconteceu no passado, que possa ser mudado.
Nada acontecerá no futuro, que possa ser determinando.
Tudo o que existe é o aqui e agora. 

domingo, 16 de setembro de 2012

Em busca da terra do nunca





Never hurt...
Never hate...
Never angry...
Never punish...
Never judge...
Never lie...
Never betray...
Never harm...
Never attack...
Never pretend...
Never have prejudice...

And always be ... me

I believe, and I will Try!!!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O menino do tempo


Era uma vez, um menino.
Se via logo que era esperto e inteligente, pois apesar de jovem, já sabia muita coisa, mas muita mesmo, sobre as coisas que são importantes saber.
 Mas havia um problema: ele não se lembrava de quase nada do que sabia. Tinha essa mania de esquecer e, pior, mania de fingir que não era importante lembrar.
E uma das coisas que ele esqueceu – a mais importante de todas – é que ele, justo ele, era o senhor do tempo. E por não saber, ou melhor, por não se lembrar, ele vivia às turras com o passado, o presente e o futuro. E, em vez de ele mandar no tempo, era o tempo quem nele mandava.
Ao passar dos anos, ele fez do relógio o seu mais importante amuleto. Não conseguia ficar sequer uma hora sem olhar o dito cujo. Só se desligava das horas quando dormia, e nem assim, em sonhos atemporais, o menino se permitia se libertar do círculo rítmico dos ponteiros em seu pulso.
E se passaram muitos outonos e primaveras, e verões e invernos, e o menino a se perder por entre as horas, tentando – bravamente - corresponder às exigências do tempo.
Até que um dia, ele conheceu uma bruxa meio fada, uma mulher meio menina, uma anjo meio demônio, que lhe disse: “você é o menino do tempo”. Ele não entendeu o que ela queria lhe dizer, porque não se lembrava do que era. Mas ela não desistiu e deu a ele um pouquinho de sua poção mágica que tinha o poder de paralizar o tempo.
Que susto o menino levou. Se sentia perdido sem o controle que o tempo exercia sobre ele. Estava tão acostumado àquela vida escrava dos minutos, que a liberdade em vez de lhe trazer paz, lhe trouxe medo.
Então a bruxa perguntou: - de que você tem medo, menino do tempo?
Ao que ele lhe respondeu, com aquele jeito inquieto e incomodado, de quem não tinha, nem queria ter tempo para pensar, muito menos falar sobre essas coisas: - eu tenho medo de que o tempo acabe, de que não exista mais tempo…
- E porque você deseja que haja mais tempo? – indagou, com olhos curiosos a fada.
- Para ser feliz oras… - exclamou como se fosse óbvio.
- E quando você vai ser feliz? No futuro?
- Sim, no futuro. Quando eu alcançar tudo o que eu eu desejo. Dinheiro, poder, respeito, admiração, amor…
- E se eu te disser que você já pode ter tudo o que você deseja? Só basta que você faça um único sacrifício? O que você me diria?
Ele nem pensou duas vezes antes de responder, falou com a voz firme: - faço qualquer negócio!!!
Então ela lhe disse:
- A única coisa que você tem de fazer é quebrar o seu relógio e desfazer o tempo. Você o criou, só você poderá destruí-lo. O tempo tem te consumido. E na verdade, ele só existe por que VOCÊ acredita nele.
Ele olhava para o relógio, como se ponderasse quebrá-lo. Porém, balançou a cabeça, e com um olhar muito pouco convencido do que ela lhe disse, o menino se apoderou do relógio totalmente intacto e sumiu – sem olhar pra trás.
Essa história termina assim: não se sabe o que irá prevalecer, se o tempo ou se o menino.
Mas a bruxa menina anjo fada mulher demônio sabe qua ainda há muita coisa para acontecer no tempo desse menino e torce, ardorosamente, para que ele se torne aquilo que precisa ser: o menino do tempo. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Exercício de auto-piedade

As minha palavras se originam, em grande parte, dos ecos da minha tristeza e da minha solidão. Mãs não de uma certa tristeza advinda das coisas mais banais, mas daquela dor enraizada que emana da solidão humana, dessa nossa condição limitada, forjada na inconsciência e que nos impõe a incompreensão de nós mesmos. As deformações do espelho que nos reflete, a visão turva que nos impede a contemplação do tempo, em mim, habitam recônditos circulares cheios de portas e janelas que se abrem e se fecham intermitentemente. Não alimento tais sentimentos, mas eles se revolvem obscura e tumultuosamente dentro de mim, sem que eu saiba como escapar de sua existência. Talvez alguém conseguisse encontrar expressões mais eficientes para essa visão informe que, entre um sentimento vivo e uma impossibilidade total de compreensão, conduz meu pensamento a uma espécie de dilaceramento, de incoerência. Mas teimo em tentar penetrar como meus olhos opacos esse mundo que imagino erigir-se na sombra. E, por sempre fracassar, sinto, então, que sou um plano inacabado, um esboço abandonado, uma frase não pronunciada, um sonho que alguém esqueceu quando acordou.

domingo, 2 de outubro de 2011

Onde não queres nada, nada falta


Ah! Bruta flor do querer
                                                                 Ah! Bruta flor, bruta flor
(...)

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim

(Caetano Veloso)


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Múltiplos

Existem duas dentro de mim, uma que ri e uma que chora; uma que deseja e outra que devora. Existem quatro dentro de mim: uma que pensa e uma que sente; uma que inspira e outra que mente. Existem seis dentro de mim: uma que é silêncio e outra que é tormento; uma que é sacrifício e outra que é lamento; uma que é saudade e outra que é, simplesmente, maldade. Múltiplas existem em mim...

sábado, 17 de setembro de 2011

Melancolia

O que seria da felicidade se não fosse um cadinho de tristeza? Sempre fui uma pessoa um tanto quanto melancólica. Mas o que dizer dessa melancolia que se funde e se dispersa num riso quase infantil que trago em meus lábios?  Digo benvinda!!!! Digo bendita!!! É essa melancolia - que de mim não se desgarra – que me permite olhar bem fundo para os meus medos e trazê-los à superfície dos espelhos em que me reflito. E porque hoje me conheço um pouquinho mais, posso dizer que fui triste todos os dias em que fui feliz, mas que também fui feliz todos os dias em que fui triste, mas não o sabia… não sabia! E porque hoje o sei, é que digo: estou em paz e feliz, mais feliz do que jamais havia imaginado ser possível… Mas aquela tristeza profunda, aquela que me traz até este ponto equidistante de mim mesma, essa eu hei de tê-la, aqui, sempre, bem dentrinho de mim. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Poltrona sinistra



Quando chegava em casa, cansada do trabalho, tinha o costume de deixar as roupas penduradas no encosto da poltrona azul que fica no meu quarto. Algumas vezes notei que as roupas sumiam. Desapareciam como num toque de mágica. Só depois de muito tempo é que fui descobrir: a minha poltrona é roupívora. E tem mais, ela digere as roupas e os detritos aparecem jogados embaixo dela. Outro dia eu descobri algo ainda mais inusitado, a poltrona está evoluindo na cadeia alimentar, ela agora é sapatívora, pois já não somem apenas as roupas mas também os sapatos. Aí tenho que confessar, meu medo sabe qual é? É de que ela evolua até ser carnívora... Então vocês já sabem… se eu sumir, a culpa é da poltrona!

PS: E num é que procurando imagens para colocar no blog eu não encontrei um livro sobre uma poltrona maldita???? Devem ser parentes. Leio??? kkkk


sábado, 13 de agosto de 2011

sábado, 30 de julho de 2011

Futebol 10 X Novela 1


Sabe aquelas meninas que dizem que gostam de futebol, mas que entre a novela e um bom jogo do brasileirão sempre irá preferir a novela??? Eu definitivamente não sou dessas. Eu adoroooooooooo futebol, ir pra estádio, analisar a escalação dos times, assitir a todos os telejornais futebolísticos. Eu gosto tanto de futebol, que já ouvi até namorado reclamar, que “pior que ter uma namorada que não curte futebol, é ter uma namorada que curte mais que você”. E de fato, acontece com mais frequencia do que eu gostaria. Por essas e outras que eu digo que existe um lado muito masculino em mim. Será que eu sou gay???   Nãããããã…. infelizmente mulher não a é minha, eu já até experimentei, mais de uma vez inclusive… sei lá, não rola… falta alguma coisa…!!! Mas voltanto ao futebol, ultimamente tenho assistido a muitos jogos, um deles memorável: Santos X Flamengo. E fico me perguntando, porque não temos mais  jogos assim? Porque o futebol virou um jogo em que não tomar gol se tornou mais importante do que fazê-los??? Não seria maravilhoso que a média de gols de uma rodada fosse acima de 10??? Enfim, se eu fosse presidente da FIFA ia dar um jeito nisso, mas como não sou, vou descer para ver Flamengo X Grêmio, esperançosa de que pelo menos seja um 3 X 2. Pra quem? Não interessa, sou são paulina e baêeeeeeeeeea!!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

"É no "não" que se descobre de verdade o que te sobra além das coisas casuais...
Me diz se assim está em paz? Achando que sofrer é amar demais"

Los Hermanos



Metamorfose ambulante

O São João passou. Passei.  Estive calada, passando a chuva, o frio, as noites escuras do meu inverno. Mas, enfim, passei.  Um novo momento desponta no horizonte dos meus anos. E embora tudo esteja como sempre esteve: nada é igual. Mudei o olhar. Em lugar daquela melancolia cinzenta, recubro meus dias de tons mais amenos, tons de risos e gargalhadas, tons de frutas adocicadas, tons de acordes de violão, tons da minha alma. E sem mais nem menos, percebo que passei e continuo passando por um turbilhão de transformações que me fazem ser menos e me fazem ser mais. Hoje apenas sei que as mudanças não acontecem, elas são. E agora, cubro os pés quando durmo. 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Gonzaguinha e eu


"Eu apenas queria que você soubesse
                                                                  Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada 
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
                                                             Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
                                                                           Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
                                                                               É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé"

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um exercício de paz

 DECIDI não me mover. Não irei em nenhuma direção, PERMANECEREI... Apenas aguardando, com o coração apaziguado, aquilo que o vento trará de novo. DENOVO. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

PAZ

"Nós não precisamos de nada, apenas de paz, 
e todas as nossas ações devem ser tomadas 
para estar em paz e dar paz aos nossos irmãos de jornada." 


terça-feira, 7 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Criatividade

Passei alguns bons dias sem ter nada para dizer. E nem mesmo agora, que me vejo motivada a escrever, sinto o impulso criativo que por vezes me invade.A criatividade em mim é como uma onda que vem se avolumando aos poucos e de repente estoura, cheia e densa, bem próxima à praia da minha consciência.Creio que dentro de nós existem milhares de ondas adormecidas, apenas esperando um espaço/tempo para se desenrolar.E assim, de mim, só posso dizer que sigo buscando o relógio e bússola, para extravasar o que tão dentro quer despertar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Minha mão


Nela deposito meu destino... só depende de mim ser o que preciso ser!!!

sábado, 14 de maio de 2011

Que dia estranho...

Hoje foi um dia esquisito: o frio, que se tornou costumeiro nos últimos dias, não deu trégua. E dentro de mim, o frio sempre provoca um certo estranhamento prazeroso. Contudo, a estranheza não veio disso, mas sim do fato de ter tido, justamente hoje, duas conversas com pessoas que foram importantes na minha vida, uma que me magoou profundamente e outra a quem eu machuquei na mesma fundura e/ou profundidade. Engraçado como a ordem das conversas me fez ter uma nova perspectiva sobre as coisas. Não sei muito bem o que eu aprendi com isso, mas sei que alguma coisa estranha está se processando dentro de mim... algo que não me traz certezas, talvez alguma paz... uma pequena parcela de paz nesse mar de angústia que é a vida.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ervas, nudez e bruxas

Em novembro do ano passado, eu acordei um dia me sentindo diferente, e não conseguia identificar o que havia mudado. Mas inegavelmente, eu não era mais a mesma pessoa. A princípio me pareceu que era apenas uma mudança física, não daquelas kafkianas, mas uma mudança sutil na forma com que meu cérebro e meu coração reagiam ao mundo. E então tudo que eu era começou a morrer, todas as minhas proteções foram sendo lentamente retiradas de mim: a gordura que recobria o meu corpo, um amor de fantasia e sem futuro algum, o prazer em viver através de uma existência virtual e, acima de tudo, as certezas sobre o que e quem eu era.

Já se passaram quase 6 meses e as coisas em mim continuam a morrer. Sei que enquanto morro lentamente, um novo eu se engendra nas minhas entranhas. Pouco sei sobre o que estou me tornando... mas saber não importa tanto assim. Importa é ir me tornando aquilo que preciso ser.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Traveling 3


A cultura celta sempre esteve presente nos meus interesses. Por algum motivo que não posso alcançar, a música celta, as paisagens da Irlanda e, sobretudo, os mitos, as lendas e os filmes sobre eles sempre me instigaram e me transportaram para um tempo-espaço imaginário ou mesmo metafísico - quem sabe? - em que uma parte de mim encontra ecos sussurrantes.

Não há nenhum outro lugar no mundo que mantenha uma identificação ancestral tão forte com os celtas quanto a Irlanda. E justamente por isso, que é para lá que preciso ir, em breve...