quarta-feira, 13 de julho de 2011

Metamorfose ambulante

O São João passou. Passei.  Estive calada, passando a chuva, o frio, as noites escuras do meu inverno. Mas, enfim, passei.  Um novo momento desponta no horizonte dos meus anos. E embora tudo esteja como sempre esteve: nada é igual. Mudei o olhar. Em lugar daquela melancolia cinzenta, recubro meus dias de tons mais amenos, tons de risos e gargalhadas, tons de frutas adocicadas, tons de acordes de violão, tons da minha alma. E sem mais nem menos, percebo que passei e continuo passando por um turbilhão de transformações que me fazem ser menos e me fazem ser mais. Hoje apenas sei que as mudanças não acontecem, elas são. E agora, cubro os pés quando durmo. 

Um comentário:

Poetinha Feia disse...

Vamos vivendo um dia de cada vez. Um dia após o outro. E assim vamos nos redescobrindo. Estamos sempre em transformação (Ainda bem!).

Gostei muito quando escreveu: “Hoje apenas sei que as mudanças não acontecem, elas são.”
Muito bom ler suas palavras delicadas... elas encontram o aconchego perfeito dentro de mim.