O que seria da felicidade se não fosse um cadinho de tristeza? Sempre fui uma pessoa um tanto quanto melancólica. Mas o que dizer dessa melancolia que se funde e se dispersa num riso quase infantil que trago em meus lábios? Digo benvinda!!!! Digo bendita!!! É essa melancolia - que de mim não se desgarra – que me permite olhar bem fundo para os meus medos e trazê-los à superfície dos espelhos em que me reflito. E porque hoje me conheço um pouquinho mais, posso dizer que fui triste todos os dias em que fui feliz, mas que também fui feliz todos os dias em que fui triste, mas não o sabia… não sabia! E porque hoje o sei, é que digo: estou em paz e feliz, mais feliz do que jamais havia imaginado ser possível… Mas aquela tristeza profunda, aquela que me traz até este ponto equidistante de mim mesma, essa eu hei de tê-la, aqui, sempre, bem dentrinho de mim.
Um comentário:
Essas palavras revelam um bocado de mim. Sou melancólica. A cada sorriso que dou sinto a melancolia assentar-se cada vez mais dentro de mim.
“E porque hoje me conheço um pouquinho mais, posso dizer que fui triste todos os dias em que fui feliz, mas que também fui feliz todos os dias em que fui triste, mas não o sabia… não sabia!”
Lembrei de Cecília Meireles: “Não sou alegre nem sou triste: Sou poeta”
Somos poetas!
Belas palavras...
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