segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Labirintos

"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."
(Lewis Carroll)
Cada um tem dentro de si labirintos... e neles muitas vezes nos perdemos sem mesmo saber que estamos perdidos, às vezes o caminho parece limpo, seguro e iluminado, indicando que estamos perto da saída, qual nada, de repente nos deparamos com uma parede imensa, que nos sufoca e aprisiona - fugir se torna imperativo. Às vezes o caminhar lento por entre as veredas é tão sereno e calmo que tudo o que desejamos é simplesmente continuar caminhando. Mas novamente não há mais caminho, outro muro se impõe, e não há nada que possamos fazer senão recuar, silenciosamente, e recomeçar a busca insistente pela saída. Mas o que na verdade acabei de descobrir, é que não existem saídas, o nosso destino é esse mesmo, perambular entre os nossos próprios labirintos, apenas vivendo, sentindo, crescendo e morrendo a cada muro com o qual nos deparamos. Essa é a beleza de estarmos vivos: morrer um pouco todos os dias, para renascer na plenitude do dia seguinte.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


finges dormir
para que a dor não deixe rastro no sangue.
(al berto)

Confissões à minha alma



Adia, I do believe I failed you.
Adia, I know I let you down.
Don't you know I tried so hard
To love you in my way?
It's easy let it go...

Adia, I'm empty since you left me.
Trying to find a way to carry on,
I search myself and everyone
To see where we went wrong.

'Cause there's no one left to finger,
There's no one here to blame,
There's no one left to talk to, honey,
And there ain't no one to buy our innocence.
'Cause we are born innocent.
Believe me, Adia, we are still innocent.
It's easy, we all falter...
Does it matter?

Adia, I thought that we could make it
But I know I can't change the way you feel.
I leave you with your misery,
A friend who won't betray.
I pull you from your tower,
I take away your pain,
And show you all the beauty you possess.
If you'd only let yourself believe that

We are born innocent.
Believe me, Adia, we are still innocent.
It's easy, we all falter...
Does it matter?
Believe me, Adia, we are still innocent
'Cause we are born innocent,
Adia, we are still innocent.
It's easy, we all falter...
But does it matter?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Em busca do meu eu zen


Quando estamos completamente sozinhos, no escuro do quarto e somente nossos pensamentos nos movem em direções tão distintas, é preciso aprender a calar os pensamentos. Não pensar é tudo o que precisamos aprender. O inferno não são os outros, somos nós mesmos. A nossa paz e a nossa felicidade não depende de ninguém a não ser de nós mesmos. Devemos nos mover em direção a isso e não deixar que nada nem ninguém nos impeça de encontrar a paz que dentro de nós anseia em se libertar. É preciso se libertar de qualquer culpa, de qualquer receio, e deixar o ar preencher os pulmões de forma branda e sentir a vida que lateja dentro de nós.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Como se destrói uma ilusão...























Em meu peito, já dorido de causas muito alheias à vontade íntima, plantaste uma ilusão. Tão pequenina, que até mesmo parecia inofensiva. Disseste de sentimentos, disseste de paixão. Florida e perfumada ilusão que em mim plantaste, lentamente se agigantou, entre sorrisos e palavras, músicas e imagens. Passou a vibrar em meu sentir, essa ilusão tão desejada, de ser o espelho que projeta o melhor de si e do outro. Agora com amargor tu te afastas e agora posso ver o que a princípio não percebi. "Tu partirias tal como chegaste uma tarde para alentar meu coração mergulhado na profundidade de um desencanto." Regala-te agora com meu pranto, que derramo com toda a doçura do meu coração. Pois pranto mais sincero talvez jamais sejas capaz de despertar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Essa noite fez frio em minha alma...


Quando algo me deixa triste é como se um vento gélido percorresse meus aposentos e, entrando pelos meus poros, se instalasse no centro de tudo o que sou, de tudo o que almejo. O frio se instala e congela os meus sonhos. Já ouviram aquela expressão "um balde de água fria", é como se eu tivesse sido diminuída e jogada num balde de água congelante, ali tudo adormece, nada respira, só o oco do silêncio submerso me circunda. Se torna até mesmo inútil chorar, pois as lágrimas pretendidas se petrificam diante dos olhos, sem permissão para serem derramadas!!! E eu suplicante tento gritar: "por favor frio, me deixe chorar!!!!"

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um anjo meu, uma noite minha, uma música nossa


Ao ouvir um som distante, ela achou que era o vento que murmurava pelos descaminhos perdidos de seus sonhos. Então, aquela música foi lhe chegando suavemente, lhe invadindo todos os espaços de seu corpo e de sua mente. Alguém, em um outro mundo distante, compunha melodias e riscava as notas sobre a sua pele de marfim. E nessa noite, como nenhuma assim vivida antes, ela sentiu um desejo impetuoso de viver e fazer viver todas as infindas possibilidades oferecidas por aquelas melodias. Em seus sonhos e delírios, ela desejou ardentemente que ele e sua música a invadissem, por noites infinitas... Então ela sentiu seu corpo ser sacudido por um frêmito anseio de poder compreender aquele sentimento de gratidão, e um impulso confuso e inexplicável a fez desejar poder retribuir a sem tamanha beleza que lhe fazia derramar compulsivamente lágrimas de desejo. Desejo de tudo o que pode ser... desejo de um outro tempo em que somente o belo, o gentil e idílico poderiam existir. Desejo dele!!!