domingo, 6 de julho de 2008

Há alas de pessoas boas, boas, onde estão?

“Tudo o olho fala
Olho pedaço exposto do coração
Olhar linguajar, língua já
A palavra é quem mascara
Mente, mente, mente
Mente é imaginação
Imagem de pau é cara, cara
Cara mentira, cara criação”
(O perdão, Vânia Abreu)





Ando extremamente amarga esses dias. Alguns amigos podem até dizer que o adjetivo não combina comigo. Mas me sinto ácida, corrosiva, numa TPM constante. Me irrito profundamente com tudo. E me pergunto: quanto de minha irritação tem legitimidade? O quanto disso tudo cabe exclusivamente a mim? Quanto ao outro posso atribuir alguma responsabilidade?

Sinto-me exasperada com as pessoas, conhecidas e desconhecidas, e tento afastá-las de mim, para que não lhes diga da minha insatisfação, para que eu não venha a explodir em seus ouvidos os pensamentos que me perturbam.

Suspiro, respiro e transpiro quando vejo os egos emergirem das máscaras de “pessoas boas”. Tenho ânsias de vômito ao ver pessoas dizerem que procuram o seu lugar no mundo, sem de fato nunca terem sequer tentado. Não suporto gente que arrota a sua intelectualidade e revira os olhos para opinião alheia. Detesto pessoas estilosas, bem como aquelas que só seguem o que “está se usando”. Não suporto pessoas lerdas, muito menos as que se fingem de lerdas. Odeio pessoas manipuladoras que se fazem de vítimas e de pobres coitadas.

E, embora tudo isso me esteja sendo insuportável, tenho que continuar a aceitar que no mundo existem todos os tipos de pessoas, e que o meu tipo pode ser, até mesmo, insuportável para alguém.

Afinal, ultimamente, muitas vezes, eu mesma não me suporto, e vejo em mim algumas das coisas de que falei antes.

Um comentário:

Pat Vieira disse...

Juro que te compreendo, meu amor...