A tristeza repentina, que, nos últimos meses, havia se tornado minha habitual companheira, parece ter dado um tempo. Eu sei que não demora muito ela volta. Mas sinto-me mais confiante, acreditando mais na minha materialidade, sem medo do que possa acontecer, seja o bem ou seja o mal – que venga, todo pasará!!!!.
Não quero mais viver em guerra com os meus fantasmas. O passado já passou, e devo me perdoar, e me recompensar com o prazer de viver cada dia. Sei que há tempos não me encontrava, não experimentava sentimentos e sensações. Meu espelho estava vazio de mim. Eu estava vazia de mim. Um oco sem beiras – como diz G. Rosa. Me encontrava na sombra de meus erros.
Mas, hoje, depois desse período de dormência, em que minha alma se calou em demasia, vejo que eu precisava sentir- sentir tudo, até mesmo a dor da consciência de sermos quem somos, tão imperfeitos, tão insatisfatórios.
Precisava me perder, para me encontrar... e nesse encontro, em que me vejo, ainda no silêncio, na penumbra, há algo de indefinidamente belo. Algo que me faz sorrir sozinha, falar com as paredes, e definitivamente cantar!!! Cantar alto, gritar ao mundo: “ei!!! Eu existo, ainda estou por aqui”.
Passar pelas ruas e olhar o mar arredio, enquanto vou ou volto para o trabalho. O mar que me abandona, do qual me divorciei há tempos, mas que amo com loucura!
É preciso estar só para entender que posso me sentir sozinha e não sentir a solidão oprimir o meu peito, posso deitar a cabeça no travesseiro e deixar que me venham os sonhos, indeléveis momentos de prazer. Devo me permitir o prazer. E a vida, essa, apesar de tudo, tem se tornado mais leve.
Não tenho cismado com quase nada. E gosto de aproveitar as horas em que estou trabalhando e aprendendo, e saber que posso fazer muitas coisas sozinha.
E hoje desfruto desse prazer: ser eu mesma! Ainda que essa que sou agora, possa não o ser daqui há pouco!!!
De qualquer forma, não vou perder minha mania de falar a verdade, de querer entender algumas coisas e de desistir de entender outras (existem coisas que não estão aí para serem entendidas).
O que mudou minha vida????
Não sei, mudou, porque nada permanece... “permanecer ilude” – repito Otto.
Não quero mais viver em guerra com os meus fantasmas. O passado já passou, e devo me perdoar, e me recompensar com o prazer de viver cada dia. Sei que há tempos não me encontrava, não experimentava sentimentos e sensações. Meu espelho estava vazio de mim. Eu estava vazia de mim. Um oco sem beiras – como diz G. Rosa. Me encontrava na sombra de meus erros.
Mas, hoje, depois desse período de dormência, em que minha alma se calou em demasia, vejo que eu precisava sentir- sentir tudo, até mesmo a dor da consciência de sermos quem somos, tão imperfeitos, tão insatisfatórios.
Precisava me perder, para me encontrar... e nesse encontro, em que me vejo, ainda no silêncio, na penumbra, há algo de indefinidamente belo. Algo que me faz sorrir sozinha, falar com as paredes, e definitivamente cantar!!! Cantar alto, gritar ao mundo: “ei!!! Eu existo, ainda estou por aqui”.
Passar pelas ruas e olhar o mar arredio, enquanto vou ou volto para o trabalho. O mar que me abandona, do qual me divorciei há tempos, mas que amo com loucura!
É preciso estar só para entender que posso me sentir sozinha e não sentir a solidão oprimir o meu peito, posso deitar a cabeça no travesseiro e deixar que me venham os sonhos, indeléveis momentos de prazer. Devo me permitir o prazer. E a vida, essa, apesar de tudo, tem se tornado mais leve.
Não tenho cismado com quase nada. E gosto de aproveitar as horas em que estou trabalhando e aprendendo, e saber que posso fazer muitas coisas sozinha.
E hoje desfruto desse prazer: ser eu mesma! Ainda que essa que sou agora, possa não o ser daqui há pouco!!!
De qualquer forma, não vou perder minha mania de falar a verdade, de querer entender algumas coisas e de desistir de entender outras (existem coisas que não estão aí para serem entendidas).
O que mudou minha vida????
Não sei, mudou, porque nada permanece... “permanecer ilude” – repito Otto.
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