“(...) dizem que as princesas são tão sensíveis que quando estão longe de seu reino podem até adoecer e até podem morrer de tristeza.” – Do filme Princesas, de Fernando León
Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela voltaria, minha companheira de jornada: a tristeza. Não é fácil crescer, ser adulta, ser mulher, ser humana, ser sozinha, demasiadamente humana.
Sinto-me incompreendida, e essa dor da incompreensão dói mais nos inocentes. Todos nascemos inocentes, mas alguns de nós aprendem a lidar, com indiferença, com os olhos marejados de lágrimas daqueles que sofrem por serem, simplesmente, aquilo que são.
Sinto muito por não corresponder às expectativas de quem queremos em nossa vida. E eu tenho que fazer o que tenho que fazer. Mas mesmo assim, me dói quando aquilo que eu tenho que fazer me afasta em demasia daquilo que ardentemente almejo.
Paradoxalmente, sei que não posso negar aquilo que sou! Há pessoas vazias demais nesse mundo, e às vezes simplesmente desejo ser uma delas.
Quem me dera ser daqueles que vivem na inconsciência, que tomam uma cervejinha e ouvem um pagode, se sentindo plenamente satisfeitos com suas vidas.
“Quando penso no fluxo da minha vida, sinto-me traído ou enganado, como se tivesse sido vítima de uma piada celestial,como se tivesse esgotado minha vida dançando à melodia errada.” (Quando Nietzsche Chorou)
Essa frase me tocou, ontem à noite quando lia o livro que estou amando. Preciso conhecer Nietzsche melhor, e obviamente aprofundar a minha dor... dor de ser consciente da demasiada condição humana em que nos encontramos.
Percebo-me em busca constante dessa dor, pois a consciência é o processo pelo qual tenho de passar, caminho incessantemente em busca de mais consciência e de mais conhecimento, a minha vida é impulsionada por isso. Essa é a meta que justifica a minha existência.
Contudo, desejo precisamente o inverso, o desejo do esquecimento completo, da ausência absoluta de mim. Mas não há dúvidas, minha natureza me impulsiona a isso: sair da luz da inconsciência e penetrar nas trevas do (auto)conhecimento.
Pra Jung “A tarefa do homem é (...) conscientizar-se. Ele não deve persistir em sua inconsciência, nem tampouco permanecer idêntico aos elementos inconscientes de seu ser, assim se esquivando de seu destino, que é o de criar cada vez mais consciência. Tanto quanto podemos discernir, a finalidade única da existência humana é a de avivar uma chama na escuridão do simples ser.” (s/d: 326)
Veja que para Jung a consciência é a luz, e a inconsciência a escuridão. Mas eu me pergunto, terá ele razão?
No filme Princesas, de Fernando Leon – por sinal imperdível – vê-se o discurso super autoconsciente de uma Caye (Caetana) ao dizer que: “Hoje em dia, não creio muito em Deus, nem sou muito religiosa ou qualquer coisa do tipo. A única coisa em que fico pensando, e creio, é que o pior não seria que não existisse nada após a morte, o pior seria que houvesse outra vida, outra vida igual a esta!”
Assim me sinto hoje. Desejante de que essa vida consciente chegue ao seu termo e eu possa enfim ter a paz dos inocentes.
Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela voltaria, minha companheira de jornada: a tristeza. Não é fácil crescer, ser adulta, ser mulher, ser humana, ser sozinha, demasiadamente humana.
Sinto-me incompreendida, e essa dor da incompreensão dói mais nos inocentes. Todos nascemos inocentes, mas alguns de nós aprendem a lidar, com indiferença, com os olhos marejados de lágrimas daqueles que sofrem por serem, simplesmente, aquilo que são.
Sinto muito por não corresponder às expectativas de quem queremos em nossa vida. E eu tenho que fazer o que tenho que fazer. Mas mesmo assim, me dói quando aquilo que eu tenho que fazer me afasta em demasia daquilo que ardentemente almejo.
Paradoxalmente, sei que não posso negar aquilo que sou! Há pessoas vazias demais nesse mundo, e às vezes simplesmente desejo ser uma delas.
Quem me dera ser daqueles que vivem na inconsciência, que tomam uma cervejinha e ouvem um pagode, se sentindo plenamente satisfeitos com suas vidas.
“Quando penso no fluxo da minha vida, sinto-me traído ou enganado, como se tivesse sido vítima de uma piada celestial,como se tivesse esgotado minha vida dançando à melodia errada.” (Quando Nietzsche Chorou)
Essa frase me tocou, ontem à noite quando lia o livro que estou amando. Preciso conhecer Nietzsche melhor, e obviamente aprofundar a minha dor... dor de ser consciente da demasiada condição humana em que nos encontramos.
Percebo-me em busca constante dessa dor, pois a consciência é o processo pelo qual tenho de passar, caminho incessantemente em busca de mais consciência e de mais conhecimento, a minha vida é impulsionada por isso. Essa é a meta que justifica a minha existência.
Contudo, desejo precisamente o inverso, o desejo do esquecimento completo, da ausência absoluta de mim. Mas não há dúvidas, minha natureza me impulsiona a isso: sair da luz da inconsciência e penetrar nas trevas do (auto)conhecimento.
Pra Jung “A tarefa do homem é (...) conscientizar-se. Ele não deve persistir em sua inconsciência, nem tampouco permanecer idêntico aos elementos inconscientes de seu ser, assim se esquivando de seu destino, que é o de criar cada vez mais consciência. Tanto quanto podemos discernir, a finalidade única da existência humana é a de avivar uma chama na escuridão do simples ser.” (s/d: 326)
Veja que para Jung a consciência é a luz, e a inconsciência a escuridão. Mas eu me pergunto, terá ele razão?
No filme Princesas, de Fernando Leon – por sinal imperdível – vê-se o discurso super autoconsciente de uma Caye (Caetana) ao dizer que: “Hoje em dia, não creio muito em Deus, nem sou muito religiosa ou qualquer coisa do tipo. A única coisa em que fico pensando, e creio, é que o pior não seria que não existisse nada após a morte, o pior seria que houvesse outra vida, outra vida igual a esta!”
Assim me sinto hoje. Desejante de que essa vida consciente chegue ao seu termo e eu possa enfim ter a paz dos inocentes.
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