Quando uma história de amor chega ao fim, é preciso aprender a passar serenamente por todas as etapas dessa espécie de luto que nos toma.
A princípio, negamos o fim, achamos que em breve a pessoa amada vai voltar nos dizendo que estava errada em querer nos deixar, nessa etapa qualquer indício de dor é sufocado pela esperança, na maioria das vezes infundada, de que tudo voltará a ser como uma dia fora.
Quando a aceitação começa a tentar se impor sobre a esperança, a dor já não é evitável, ela nos consome, nos atordoa, nos empurra a cometer erros, a traçar planos de vingança e a querer esfregar na cara do outro o quanto ele perdeu ao nos deixar. Nessas trajetória, quase tudo o que fazemos irá surtir um efeito justamente contrário daquilo que desejávamos. Acabamos por afastar mais ainda aquele que amamos.
Então, chega o momento em que começamos de fato a aceitar o fim. A imagem da pessoa começa a ficar difusa, já não lembramos dela todos os segundos do nosso dia, cada vez há menos espaço na nossa memória para os momentos bons que vivemos juntos. A dor é uma visitante cada vez mais ausente.
É hora de cremar o amor dentro da gente.O amor morreu, não há nada que o faça ressuscitar. É hora de pegar o vasinho em que depositamos as cinzas desse amor, e soprá-las ao vento. É hora de agradecermos pelo bem que vivemos e simplesmente seguir em frente.
E o mais importante, descobrir que o amor que morreu não foi capaz de nos destruir, mas sim de fortalecer. Para que sejamos melhores e mais fortes para um novo amor que irá, em breve, germinar.
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