Hoje decidi que uma vez por semana eu vou estudar sobre algum lugar no mundo que eu deseje visitar. Sempre gostei de viajar, da idéia de conhecer outras paisagens, outras culturas, enfim, me maravilhar com as diferenças e diversidades desse mundo louco. Por isso, hoje inicio a minha rota de viagem, pois se um dia não for a esses lugares, já terei ido em pensamento....
Começo a minha jornada por Timbuktu
Mas porque começar por essa cidade estranha e tão desconhecida e não, por exemplo, por Paris? Bem, a primeira vez que ouvi falar de Timbuktu foi num documentário da National Geographic Channel que tratava das conquistas de Gêngis Khan, e uma delas foi a cidade de Timbuktu, que ficava às margens do Rio Niger, na África (para quem não sabe onde fica o rio Niger). Enfim, não sei porque sempre me interessei por Gêngis Khan, é um personagem histórico que me intriga. E acabei descobrindo a destruição que ele promoveu em Timbuktu, inclusive deixando para trás a destruição de uma das mais importantes bibliotecas da época, cujas ruínas, ainda hoje podem ser visitadas. Óbvio que aí está a minha motivação para querer conhecer justo essa cidade fora das rotas. Mas tem mais uma motivação, menos importante talvez: o primeiro conto que eu escrevi tem uma história de um cego que perambula pelas ruínas no deserto de Timbuktu... tenho curiosidade de saber se aquilo que eu imaginei está por lá... E quando penso em Timbuktu, posso sentir o cheiro, a textura das pedras, a areia volátil que paira no ar... Enfim, não sei porque mas ela já está dentro de mim!!!
*Timbuktu foi fundada por volta de 1100 na proximidade com o Rio Níger, com o propósito de servir as caravanas que traziam sal das minas do deserto do Saara para trocar por ouro e escravos, trazidos do sul por aquele rio. Em 1330, Timbuktu era parte do Império do Mali, que controlava o negócio do sal por ouro em toda a região, estando ligada a Yenné através do comércio do sal, cereais e ouro, e a sua função comercial é acompanhada de uma função militar. Dois séculos mais tarde, Timbuktu atingiu o seu auge, governada pelo Império Songhay, tornando-se uma importante cidade universitária e a capital religiosa dos finais da dinastia Mandingo Askia (1493-1591). Timbuktu, que foi habitada por muçulmanos, cristãos e judeus durante centenas de anos, foi sempre um centro de tolerância religiosa e racial. As culturas locais - songhai, tuaregue, árabe e moura – misturaram-se, mas conservaram as suas distintas tradições. O seu apogeu chegou ao fim no século XVI, quando o exército marroquino destruiu o Império Songhay. O domínio do comércio com África pelos navegadores europeus foi mais uma razão para o declínio de Timbuktu.
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