Nos últimos meses, a vida tem sido estranhamente complexa. O que eu quero num minuto, no outro já não desejo mais. Volúvel, sempre fui, mas dentro dessa minha inconstância geminiana (meu ascendente cada vez mais forte), há algo que permanece latente: o anseio de ser admirada pelo que escrevo, pelo que penso, pelo que digo e ouço.
Nos últimos meses, redescobri o olhar do outro sobre a minha pele branca, a superfície da minha materialidade que se despe de vergonhas e timidez. Mas é sob a pele, que me veste dessa nudez, que reside o EU que deseja ser admirado, amado, possuído.
Nos últimos meses, vi o outro que me deseja na superfície de minha materialidade, porém esse amor de plástico e silicone, já não preenche o oco sem beiras da minha alma.
Há algo de inocente e primitivo naquele que, todas as noites, acaricia os sinais que perpassam meu corpo. Há beleza em sua alma, há um carinho que me transborda de preocupações. Há a incômoda distância, no tempo e no espaço. E há, sobretudo, um não-olhar para aquela que se deseja em carne viva, palavras, pensamentos...
Leio Nietzsche, leio Freud, releio Jung, pois não quero estar mais vazia. E, embora eu saiba que aquilo que me preenche seja intangível, inalcançável, inconcebível, o desejo há. Mesmo diante de tanta negação, o ser que em mim não quer mais calar já não se satisfaz com olhares inventados, com a ficção do outro que alimento cotidianamente.
Nos últimos meses, eu estive com o desejo puro, inocente e transitório. Mas ele passa por mim e não me vê. Ele fala comigo e não me ouve. Ele me escraviza, mas não se doa. Ele quer, eu dou. Porém, quanto mais eu me deixo levar pelo desejo fluido, cambiável, mais não o quero. O desejo me sacia e me esvazia de mim.
E, enfim, os últimos meses têm se tornado os últimos de muitas coisas na minha vida. Morro, constantemente, através das mortes dos meus desejos, que se transubstanciam em desejos, renovados, de profundidade.
E grito: olhe pra mim!!! Estou além da minha pele, não me toque só na superfície, irei negar o desejo, por que o desejo real está aquém daquilo que se pode ver com os olhos de vidro. Sou muito mais que instinto e carne pulsante. O que é primitivo em mim morre facilmente, mas o que penso, sinto, digo e ouço: não!!!!
Nos últimos meses, redescobri o olhar do outro sobre a minha pele branca, a superfície da minha materialidade que se despe de vergonhas e timidez. Mas é sob a pele, que me veste dessa nudez, que reside o EU que deseja ser admirado, amado, possuído.
Nos últimos meses, vi o outro que me deseja na superfície de minha materialidade, porém esse amor de plástico e silicone, já não preenche o oco sem beiras da minha alma.
Há algo de inocente e primitivo naquele que, todas as noites, acaricia os sinais que perpassam meu corpo. Há beleza em sua alma, há um carinho que me transborda de preocupações. Há a incômoda distância, no tempo e no espaço. E há, sobretudo, um não-olhar para aquela que se deseja em carne viva, palavras, pensamentos...
Leio Nietzsche, leio Freud, releio Jung, pois não quero estar mais vazia. E, embora eu saiba que aquilo que me preenche seja intangível, inalcançável, inconcebível, o desejo há. Mesmo diante de tanta negação, o ser que em mim não quer mais calar já não se satisfaz com olhares inventados, com a ficção do outro que alimento cotidianamente.
Nos últimos meses, eu estive com o desejo puro, inocente e transitório. Mas ele passa por mim e não me vê. Ele fala comigo e não me ouve. Ele me escraviza, mas não se doa. Ele quer, eu dou. Porém, quanto mais eu me deixo levar pelo desejo fluido, cambiável, mais não o quero. O desejo me sacia e me esvazia de mim.
E, enfim, os últimos meses têm se tornado os últimos de muitas coisas na minha vida. Morro, constantemente, através das mortes dos meus desejos, que se transubstanciam em desejos, renovados, de profundidade.
E grito: olhe pra mim!!! Estou além da minha pele, não me toque só na superfície, irei negar o desejo, por que o desejo real está aquém daquilo que se pode ver com os olhos de vidro. Sou muito mais que instinto e carne pulsante. O que é primitivo em mim morre facilmente, mas o que penso, sinto, digo e ouço: não!!!!
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