4h da madrugada, it´s raining cats and dogs, e, no meu rosto desfigurado, correm ligeiras as lágrimas que teimam em cair por tudo que o poderia ser e não foi, nem será jamais. Hoje, estou mais uma vez com Caye, e penso que pior não seria que não houvesse nada após a morte, pior, sim, seria ter que viver outra vida igual a esta. Nietzsche diz que devemos viver como se não houvesse nada de que pudessemos nos arrepender e que, caso voltássemos a viver, pudéssemos repetir todas as experiências da vida anterior. Affff... Vem cá, eu mereço????
Mas vamos deixar de auto-piedade, quem busca sarna tem mais é que se coçar, coçar até tirar sangue, até expor a carne viva. Que vá à merda Nietzsche e sua teoria do eterno retorno. Cansei de repetir esse padrão de boazinha, coitadinha, idiotinha, rejeitadinha... Nessa vida, tudo passa e se existe Deus - e eu espero com fé que ele exista - o que passa não volta mais. Eu passarei, ele passarinho... (de asa quebrada, há tanto tempo acostumado a essa condição, que mesmo diante da possibilidade, se recusa a voar).
Não, definitivamente... volto a comiseração e choro às 4 e 15 da madrugada... só mesmo um Rivotril, Olcadil, Lexotan, e penso que seria tão bom não acordar amanhã. Sem chances... não vou ainda, existem dores para que possamos aprender com elas, devo ter aprendido agora, devo sim, espero que sim, pois todas as minhas certezas - intuições - que se transformaram em cinzas nas últimas horas, estão a escorrer pelo ralo e desaguar no mar; ao qual retornarei um dia.
Uma última palavra: "não me venha com piedade, porque piedade não é amor"!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário