domingo, 15 de julho de 2007

O eterno retorno



Que esperança há em retornar ao que já se foi?

Existe algo de circular em nossas vidas, e, de repente, nos vemos retornando àquele lugar ao qual juramos nunca mais voltar.

Mas, quando ali chegamos, percebemos que a distância que se impôs entre nós - os momentos de ausência - construiu um tempo de saudade, em que aquilo que nos fez afastar-nos é justamente aquilo que nos faz querer retornar.

É engano pensar que, quando retornamos, retrocedemos. É possível revistar esse lugar e encontrarmos um eu e um outro renovados, e, aos poucos, redescobrir a intermitente sensação de intimidade.

Nesse lugar, podemos ser quem somos. Não há disfarces, as máscaras não são mais necessárias. E a verdade se impõe com elo de ferro, que une, que funde, que mistura.

Há cheiros familiares, o chão que se pisa é firme. E o olhar, que diz de amor, de companheirismo, de futuro, pode ser encontrado, de novo, nesse lugar.

Retornar, não significa retroceder, significa revelar-se onde podemos ser quem somos enfim.

É bom estar de volta a esse lugar, me sentir segura em seus braços, respirar esse ar convencional, e compratilhar a estrada que se abre a partir desse retorno.

Toda escolha é excludente, e quando escolho retornar, excluo os lugares inauditos, fantasiosos e impossíveis que um dia sonhei visitar.

Nesse lugar sou feliz e isso é que importa!!!!!!

3 comentários:

tássia disse...

Juli, n�o sei como anda sua lista de f�s, mas escrevo para dizer que voc� ganhou uma leitora cativa =)
Vou passar sempre por aqui. Gostei muito do que li, gosto de sua sobriedade. Um beijo!

tássia disse...

Acabei de reler esse texto, caiu como luva no meu dia

Juliana disse...

Tassinha,

tentando te imitar, ams não escrevo tão bem qto vc, mas achoq ue dá pro gasto, espero que possa tb dar para o gasto depois q vc me ensinar a fotografar... imagina, poder postar os textos com fotos tiradas por mim,,, chique no úrtimo... risos. Beijocas